Nacodependências

a bigamia dos sentidos...

terça-feira, julho 31, 2007

Quem quer alhos...

…desenrasque-se, mas não vá à Feira dos Alhos!
Parece que ainda apareceu uma velhota que montou a sua banca, no Largo de São Sebastião, para vender os ditos, juntamente com cenouras, grelos e outros legumes, mas nem demos por ela.
Agora, da antiga e verdadeira Feira dos Alhos, da “nossa” Feira dos Alhos, que todos os anos nos presenteava com a sua alegria e confusão, no penúltimo fim-de-semana de Julho, nem sinal!...
Conhecemo-la no Sul, no largo das camionetas, quando ainda não havia ali nem sombras dos “Navegantes”. E aquilo é que nós curtíamos, desde a bela da quermesse, aos carróceis e às bancas atafulhadas de bugigangas (nessa altura, os alhos eram mais para as mães e para as avós, e, segundo elas, aquilo é que eram alhos… - nada tinham a ver com os chochos que andam por aí agora!).
Depois, passou para São Sebastião, e lá íamos nós em romaria, ver a cangalhada dos ciganos e acabar a noite na pista dos carrinhos-de-choque, com os tímpanos a latejar e lambujados de algodão-doce.
Fazia parte das nossas férias; fazia parte da Ericeira! Ó Feira dos Alhos… volta que estás aperdoada!

2Beetle
Maricotinha
Peppermint Patty

segunda-feira, julho 30, 2007

Domingo na Foz

Apesar do calor que, finalmente, chegou, o ventou teimou em não abandonar as praias jagozas. Que o diga a da Foz do Lizandro, a mais soprada de todas.
Não nos demos por vencidos e, munidos de pára-vento, chapéus-de-sol e outros apetrechos, metemos pés (e pneus) ao caminho e fomos passar a tarde àquela que foi a nossa eleita durante tantas Primaveras.
Tudo por lá está diferente: o estacionamento da SA (aquele onde, certa noite, alguém que se achava uma viatura teimava em estacionar) mal se vê, coberto por um denso matagal – naquela altura é que tinha dado jeito…; no “Limipicos” serve-se caracóis!; as dunas, as nossas dunas “como divãs”, onde apanhámos tantos bronzes (vulgo, escaldões), estão apinhadas de caras estranhas e desconhecidas; o rio, esse voltou a estar interditado – não se sabe se poluído se por algum segredo oculto (isso só se saberá na quinta história dos Exploradores…).
Só uma coisa não mudou – a água estava um gelo!
Mas foi agradável. Só faltaste tu, Peppermint!

2Beetle
Maricotinha

domingo, julho 29, 2007

Não dá!

Mesmo sem o calor próprio da altura, as noites de sábado no centro da Ericeira estão, no mínimo, caóticas!
Elas são carros por todos os lados; filas intermináveis para jantar; e aquele pessoal que passa o resto do ano enclausurado e se lembra de vir, todo ao mesmo tempo, azucrinar-nos a paciência.
Devia ser proibido! Nós, frequentadoras assíduas, quer chova, faça sol, frio ou calor, devíamos ter algumas regalias, não era?
Mesmo assim, lá nos arranjaram uma mesinha na esplanada do PRIM, que até seria simpática não fosse o facto de ser tão na via pública, tão na via pública, que houve quem tivesse que se levantar da sua “confortável” cadeira para não ser abalroado, cada vez que passava um carro! Se bem que, tendo em conta atropelamentos por burros e monta-cargas, isso seria coisa pouca!!!
Moral da história: estamos a ficar velhos para a confusão do pico do Verão; a mesma confusão pela qual, ainda há pouco tempo, ansiávamos todo o ano. Coisas da vida!
De tal forma que todos quisemos ir à magnânime festa de reggae que bombava em Ribeira, mas ficámo-nos só pela vontade… Ainda bem que o que conta é a intenção!

2Beetle
Maricotinha
Peppermint Patty

sexta-feira, julho 27, 2007

Última oportunidade

Até dia 29 de Julho, Sábados e Domingos pelas 18h00, no Palácio Nacional de Mafra:

Memorial do Convento
de José Saramago

Adaptação dramatúrgica de FILOMENA OLIVEIRA e MIGUEL REAL


Não percam. Nós também esperamos ir.


2Beetle
Maricotinha
Peppermint Patty

terça-feira, julho 24, 2007

Beetle, o ex-libris


À espera do amarelo…

sexta-feira, julho 20, 2007

Os carros das nossas vidas



Desde os alucinantes anos 90 que deixámos de depender da bela da camioneta de carreira e das boleias (tantas vezes pedidas para Ribeira e SA – principalmente ao “Ambrósio”).
Tornámo-nos autónomas e passámos a ter o nosso próprio meio de transporte.
E, como tudo o que acontece connosco, todos tiveram as suas histórias…

O Panda da Pepé – não há amor como o primeiro!

O RI-96-11 foi o nosso primeiro bijou. De cor vermelha, era todo-o-terreno mesmo sem o ser (salvo quando nos deixou atoladas em S. Lourenço).
Muitos quilómetros percorreu, entre o Lizandro e Ribamar, ao som de Rolling Stones, David Bowie, Meat Loaf e Beach Boys, sempre com a lotação esgotada e quando não ficava sem gasolina.
As suas entradas triunfais na SA tornaram-se lendárias, principalmente aquela em que subiu a rampa a deitar fumo por todos os lados e a de um tira-teimas (que levámos a melhor, claro!), enquanto o rádio debitava alto e a bom som “You can’t always get what you want”.
Mas, como mesmo os primeiros amores são substituídos, o Panda acabou por encostar à boxe.

O Vitara – o dançarino!

Da nossa amiga RBH, ainda chegou a acompanhar o Panda. Mas muito ERA e George Michael se ouvia naquele jipe!!!
O seu momento alto foi quando se armou em acrobata e nos projectou, às cambalhotas, para a berma da estrada – mais à frente teríamos ido falar com os peixinhos!
Porém saímos ilesas e até os brincos da Joanico escaparam…

Os 3 Renault 5 – o descalabro!

Primeiro, o “Bombeiros Voluntários” branco da Peppermint, o mais calmo e sensato de todos (como a dona).

Depois, o também branco (sujo) da Pepé, mais acidentando (o vir substituir o Panda tem muito que se lhe diga…)
Após vários riscos, amolgadelas e danificações de mecânica, eis que surge “A Noite da Melancia”…
Estávamos em Ribeira, de partida para a malograda festa da SA. Ao deixarmos o estacionamento surge-nos outra viatura no caminho que embica para a nossa dianteira, dando-lhe um valente panadão!
O condutor da dita, uma 4L, sai de lá totalmente torto e atarantado (devia ter algum problema – coitado) e, depois de ter balbuciado algumas palavras praticamente imperceptíveis, desata a correr na direcção do bar. Acabámos por chegar à conclusão de que fugiu pelos montes!
Polícia, reboque, o diabo a sete… Valeu-nos a melancia de que nos havíamos esquecido e que ele transportava para a festa - ainda lá fomos parar.
Nos meses que se seguiram o Renault andou com a fachada em obras, de pára-choques preso por cordéis!
Moral da história: a Joanico nunca mais usou os brincos…

Por último, o cinzento da Maricotinha, que detinha uma aparelhagem sonora de maior valor que ele próprio!
Em compensação, a sua memória era grande, pois conhecia melhor o caminho para casa que a sua dona…

O Cinquecento – o ambicioso!

Também de cor cinzenta, pertencia à Tita. Com metas mais ambiciosas, não se contentou em ficar pela Ericeira e levou-nos para outras paragens – fomos até Sintra!

O Fiat Uno – o desastre!

Acabadinho de sair do stand, o novo “ai Jesus” da Pepé, ainda de bordeaux polido, mal rolou os primeiros metros espetou-se com toda a força!
Em plena noite de Carnaval, era ver um rebuçado andante a colocar o triângulo e um palhaço a discutir com o infractor.
Teve os dias contados…

O Citroën AX – a discoteca ambulante!

Não fora a sua dona, Maricotinha, ter pretensões de se tornar disk jockey de alto gabarito!
Irrequieta caixa de fósforos branca, era felizmente dotado de uma capacidade de memória superior à do Renault…

O Panda 4X4 Country Club – o destemido alpinista!

O verdadeiro todo-o-terreno da Pepé, veio concretizar-nos os sonhos de galgar montes e paredes, sem nunca nos deixar ficar mal.
Não fosse ele verde… Ganda maluco!!!

O Beetle – o ex-libris!

Mesmo com alguma maturidade, o raro exemplar azul-escuro, de estofos de pele branca e caixa automática, da Peppermint, também fez das suas…
Sim… nada como percorrer uma rua inteira em sentido contrário, com o carro da polícia atrás! Como se não bastasse, feliz tentativa de dissuasão aos dois polícias compreensivos… Gajas!!!

E pronto. Outros houve pelo meio, não menos importantes mas sem tanto carisma!
Mas mais virão…


2Beetle
Maricotinha
Peppermint Patty

quinta-feira, julho 19, 2007

Explicação

O próximo post começou a ser escrito na “Mary Brown” e foi concluído, horas depois, no “Blue Dolphin”, num fim-de-semana prolongado em que planeámos grandes banhos e alto bronze, mas em que vimos tudo menos o sol – frustração!!!
Isso aconteceu, precisamente, no último fim-de-semana do mês de Maio de 2005 (mal sabia eu que dois anos depois…)
Na altura não foi publicado, pois tentámos arranjar as fotografias dos “ditos cujos” para o completar, coisa que, até agora, não conseguimos. A época, a que ele se refere, é a era do analógico; as fotos devem andar por aí perdidas, no meio de tantas outras que registam as nossas festas e b… bem, isso agora não interessa nada! – daqui a uns anos valerão milhões!!!
Voltando ao assunto, não sei se será o melhor de todos os posts que escrevi para este blog, mas foi, sem dúvida, o que mais gozo me deu. Por isso, mesmo depois de tanto tempo, não quis deixar de o publicar, exactamente da forma original, como saiu há dois anos atrás.


Maricotinha

quarta-feira, julho 18, 2007

“A história da Maricotinha”

Maricotinha estava à janela:
- Quem quer casar com a Maricotinha, que é formosa e bonitinha?
- Quero eu! Quero eu, linda donzela!
- E quem é você, belo rapaz? Que qualidades me traz?
- Sou forte e destemido, de tudo tenho em bom tamanho, a não ser sorte nem chavo, para ser um bom marido. Tenho p’ra dar muito amor! O meu nome é Anho… Gar Anho, um escravo ao seu dispor!...
- Hummm… Atrevido, o petiz! Pois tenha a bondade de entrar. Vamos mas é experimentar se é assim como diz…
E Gar Anho lá entrou, para de lá não mais voltar. O que terá acontecido, ninguém consegue imaginar. Terá caído ao caldeirão? Ou ficou ele entretido, a mostrar à Maricotinha o que é ser um bom marido?...

terça-feira, julho 17, 2007

Novos planos

Com Pepé, Joanico e, agora, ARC definitivamente de volta, o inicial objectivo deste Blog já não se justifica.
Porém, e apesar das longas ausências (todas por motivos de força maior, claro!), a malta até se diverte com isto e, portanto, mesmo sem ser para levar noticias a além-mar, continuaremos por cá, a escrever o que nos der na telha sobre esta linda terra plantada à beira-mar…


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Maricotinha
Peppermint Patty

sexta-feira, julho 13, 2007

Sexta-Feira, 13

dia de azar. Ou não… Nada como saber dar-lhe a volta! Por isso mesmo, um bom dia para voltar…

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Maricotinha
Peppermint Patty