Nacodependências

a bigamia dos sentidos...

terça-feira, outubro 25, 2005

“Fado da Ericeira”

Perguntei onde pousar
A minha grande canseira
Disse-me alguém junto ao mar
Na praia da Ericeira

Rochedos, ondas, areias
Mar e sol e vida sã
Alvas, espumas e sereias
Cantam o sol da manhã

Praia do Sul, tapete azul
Franjas de arminho
Praia do Norte, leva o recorte
Doce cantinho
São Sebastião, paz solidão
Praia fagueira
Num mundo incerto
É um céu aberto
A Ericeira

O barco é tão estimado
Como no campo a charrua
O mar é campo lavrado
Quanta vez à luz da lua

Nesta terra acolhedora
O barco é tudo, é o pão
E até a Nossa Senhora
Trás um barquinho na mão

(autor anónimo; cantado com a música de “Tudo isto é Fado”; versos cedidos por Luís Fortes)