Praia dos Pescadores
Ao contrário do alvoroço dos meses de Julho e Agosto, é dos lugares mais aprazíveis que se podem frequentar por esta altura do ano, já sem sombras dos domingueiros e veraneantes habituais, munidos de geleira com a bela da feijoada, garrafão de 5 litros e “tijolo” a grunhir Quim Barreiros.
Ontem, por exemplo, estava qual paraíso, de sol ameno e céu azul, mar sereno (água a excelente temperatura…) e silêncio apenas rasgado pelo grasnar das gaivotas.
Mas, a Praia dos Pescadores, não é apenas uma actual referência turística da vila piscatória da Ericeira; é também um marco histórico da terra, bem como do nosso pequeno país plantado à beira-mar.
Para quem não sabe (ou não se recorda), foi através daquela enseada, ladeada pelo muro das famosas “Ribas” – mais conhecido como muro dos “cus” -, que em 1910, mais precisamente a 5 de Outubro, D. Manuel II, o último rei que Portugal conheceu, marcado pelo regicídio de seu pai, em 1908, e sem saber travar a ameaça republicana, embarcou num bote de pescadores para chegar ao iate D. Amélia e partir para Gibraltar (mais tarde seguiu para Inglaterra, onde casou e acabou por morrer, em 1932, sem deixar descendência).
Das águas da Ericeira, com o malfadado rei, partiram também, justamente, D. Amélia, sua mãe, e a avó, D. Maria Pia.
Reza a história que os pescadores da vila se deslumbraram ao poderem contemplar os tornozelos da rainha – desnudados pelo levantar das saias, ao subir para a embarcação. “Já gozas!” – terão dito uns para os outros e dai terá surgido o nome atribuído, até hoje, aos naturais da Ericeira – Jagozes!
Maricotinha
Ontem, por exemplo, estava qual paraíso, de sol ameno e céu azul, mar sereno (água a excelente temperatura…) e silêncio apenas rasgado pelo grasnar das gaivotas.
Mas, a Praia dos Pescadores, não é apenas uma actual referência turística da vila piscatória da Ericeira; é também um marco histórico da terra, bem como do nosso pequeno país plantado à beira-mar.
Para quem não sabe (ou não se recorda), foi através daquela enseada, ladeada pelo muro das famosas “Ribas” – mais conhecido como muro dos “cus” -, que em 1910, mais precisamente a 5 de Outubro, D. Manuel II, o último rei que Portugal conheceu, marcado pelo regicídio de seu pai, em 1908, e sem saber travar a ameaça republicana, embarcou num bote de pescadores para chegar ao iate D. Amélia e partir para Gibraltar (mais tarde seguiu para Inglaterra, onde casou e acabou por morrer, em 1932, sem deixar descendência).
Das águas da Ericeira, com o malfadado rei, partiram também, justamente, D. Amélia, sua mãe, e a avó, D. Maria Pia.
Reza a história que os pescadores da vila se deslumbraram ao poderem contemplar os tornozelos da rainha – desnudados pelo levantar das saias, ao subir para a embarcação. “Já gozas!” – terão dito uns para os outros e dai terá surgido o nome atribuído, até hoje, aos naturais da Ericeira – Jagozes!
Maricotinha
2 Comments:
At 12:46 da manhã, Anónimo said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 6:37 da tarde, Anónimo said…
Amigo Garanho, muito em breve (espero) essa história será desenvolvida em pequenas parcelas, para as quais estás sempre a dar o teu contributo (e que contributo...) Beijo grande!
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