Nacodependências

a bigamia dos sentidos...

sexta-feira, maio 27, 2005

Marés…

O mar oscila, levemente
Suaves ondas se formam, sem sufoco
Balouçam brilhantes, transparentes
Sob o manto azul que o sol aquece
Numa calma subtil, grito rouco
De quem desfruta de um prazer eloquente
Ao sabor de uma brisa que apetece
Que aumenta o seu sopro pouco a pouco
Provocando agitação na corrente
A ondulação intensifica, irregular
Maiores vagas, agora, se formam
E pelo toque do vento imponente
Agitam, borbulham, imploram
Num alucinante aumentar…
O mar torna-se bravo, perigoso
As grandes ondas intimidam
Demonstrando que abatem, que devoram
Num culminar de medo e de gozo
Respondendo aos desejos que as lidam
Num desfecho sublime, brutal
Com desmedida força rebentando
Beijando com a espuma a areia
Num clímax transcendental
Inundando a praia, maré cheia…

Maricotinha

7 Comments:

  • At 11:21 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Que nas vagas de Edonus
    Encontres a força da vida
    Sem que de vista seja perdida
    A brisa de Philotes...


    ... um beijo com ternura...

     
  • At 12:33 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Sim senhor! Gostei! Beijo retribuído...

     
  • At 6:08 da tarde, Blogger Eva Gonçalves, PhD Sociology said…

    Apesar de achar muito bonito, nunca tive muito jeito para poesia, para comentar do mesmo modo. Mas com te disse quando a escreveste, está muito bonita.

     
  • At 8:27 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Obrigada Blue! Jocas!

    LM: Só essa?! Não percebes mesmo nada...

     
  • At 4:31 da tarde, Blogger Luke said…

    Olha que deverias estar muito aguada quando o idealizaste. Digo eu!

     
  • At 7:07 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Muita água - o mar da Praia do Sul...

     
  • At 11:54 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    extraordinariamente bem escrito.
    Até porque a mensagem implicita no texto representa um daqueles momentos em que o mar não é mais do que um avoludado de cetim ...

     

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